História
Não se sabe ao certo quando os furões foram domesticados, embora pesquisas arqueológicas tenham encontrado vestígios de furões por volta de 1500 a.C.. É no entanto incerto afirmar que os antigos egípcios criavam furões, embora seja mais provável afirmar que os europeus, por alturas das suas primeiras incursões ao Egito, tenham observado a ampla domesticação de gatos, iniciando assim, na Europa, a adoção de pequenos carnívoros como forma de protecção contra os roedores que constantemente destruíam as provisões de cereais.
É no entanto provável que o furão tenha surgido do toirão (Mustela putorius), como também é possível que tenha vindo da doninha-das-estepes (Mustela eversmanni), ou, por outro lado, algum tipo de cruzamento híbrido entre as duas espécies. No entanto, estas três espécies apresentam similaridades e diferenças únicas.
Caça com furão
Durante muito tempo, a principal utilização humana dada ao furão encontrava-se na caça, uma vez que, dotado de corpo magro e alongado e uma enorme curiosidade natural, o furão está adaptado para entrar em buracos e espantar quer roedores, quer coelhos para fora de suas tocas.
Continua ainda a ser usado para a caça em alguns países, tais como o Reino Unido e a Austrália, onde os coelhos são consideradospragas e a combinação de uma pequena redecom um ou dois furões continua sendo uma técnica muito utilizada, apesar dos avanços tecnológicos actuais. Contudo, esta prática é considerada ilegal em muitos países, devido principalmente à incerteza sobre a possibilidade de existirem desequilíbrios ecológicos com a sua disseminação.
Relatos históricos indicam que César Augusto teria enviado furões (chamados de "viverrae" por Plínio) para asIlhas Baleares como forma de controle da praga de coelhos no ano 6.
Já no século XVII, os furões teriam sido levados pela primeira vez ao Novo Mundo, tendo sido usados extensivamente desde 1860 até o início da Segunda Guerra Mundial como forma de proteção das provisões de cereais no oeste dos Estados Unidos da América.
Ns Estados Unidos, sua popularidade como animal de estimação começou, provavelmente, a partir de 1975, graças à Dra. Wendy Winstead, uma veterinária e antiga cantora demúsica folk que se dedicou ao comércio de furões, maioritariamente para pessoas famosas, tendo participado em diversas apresentações na televisão com os seus próprios animais.
Animal de estimação
Dotados de energia, curiosidade e potencial para o caos durante toda a vida, vigiam constantemente o ambiente que os rodeia, sendo tão chegados às pessoas quanto os gatos (desde que, a exemplo destes, o dono saiba criar e cativar os bichinhos), entregando-se activamente às brincadeiras com seus donos.
Nos Estados Unidos e em França é considerado o terceiro animal de estimação, posicionado depois do cachorro (primeiro) e do gato(segundo) sendo incluído na categoria NAC (novos animais de companhia).
Actualmente, o furão é considerado por alguns como um animal perigoso para as crianças, mas a proporcionalidade de problemas relatados é menor do que as ocorrências problemáticas com cães ou gatos.
A expectativa de vida pode ser muito variável, mas é habitual centrar a esperança média de vida entre os três e os seis anos, embora em raros casos possam chegar até aos treze anos.
Perigos identificados
Devido ao facto de serem animais ágeis e curiosos, em ambientes domésticos têm bastante facilidade em passar por buracos nas paredes, armários ou por detrás deeletrodomésticos onde se podem ferir ou até mesmo morrer devido a choques elétricos, ventiladores ou outros objetos perigosos.
É comum ver o furão a mastigar objectos macios, geralmente constituídos por borracha, poliestireno (isopor no Brasil ou esferovite em Portugal) ou esponjas, que se tornam autênticos perigos em caso de ingestão, podendo bloquear o intestino ou até mesmo a morte. Asportas de tela são especialmente frágeis às unhas do furão, sendo que, ascondutas de ventilação são por diversas vezes utilizadas como rotas de escapatória.
Ao contrário dos cães e dos gatos, a maioria dos furões quando se encontram perdidos, têm pouco sentido de orientação para retornar aolar, ficando a vaguear sem rumo, caso não sejam rapidamente encontrados, acabando eventualmente por morrer num espaço de poucos dias.
Actualmente, em ambiente doméstico, uma das principais causas de acidentes fatais com os furões acabam por ser fruto da curiosidade natural do animal, que, ao entrar dentro de sofás rebatíveis ou cadeiras reclináveis, morrem esmagados quando os sofás ou as cadeiras são fechadas.
É por isso importante, por parte dos criadores domésticos, tomar providências com o fim de preparar a casa antes de tomar a decisão de ter um furão como animal de estimação. Diversos criadores aconselham a preparar a casa como uma tarefa contínua envolvendo a revisão cuidadosamente de todas as divisões, remoção de todos os objectos potencialmente perigosos e restrição de acesso a qualquer buraco ou eventual rota de fuga.
Os furões podem abrir armários ou portas que não estão bem fechados, sendo que muitos criadores tomam medidas no sentido de adquirir fechaduras usadas com o fim de proteger crianças, colocando os objectos considerados perigosos em locais altos e fora do alcance do animal.
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